Local: Clash Club
Data: 13/03/2010
Ok, sabemos que trashcore num é 100% minha praia, mas lembro bem da época que o punk e o hardcore deram uma sumidinha e o trash do Sepultura imperava no underground.
Foi uma época boa, tinha Furia Metal na MTV que passava Nuclear Assault e muitos sons legais que escutávamos flutuavam entre o trash e o hardcore. DRI, Sacred Reich, Suicidal Tendencies e inclusive o som do RDP da época tinha uma influencia desse mix que rolava nesse período.
Assim ir ao show do MW seria no mínimo uma boa dose de saudosismo, além de checar se a banda é boa mesmo.
Municipal Waste vem de Richomond na Virginia – USA e sempre foi conhecida pelo estilo Trash Metal. Que lembra algumas bandas que sitei acima, como e DRI e etc e mesmo não sendo uma escola do estilo, conseguiu seu lugar e é bem conceituada, nos USA. Teve dois discos lançados aqui no Brasil: Hazardous Mutation e Art of Partying, que ajudou a disseminar seu som por aqui, já que como lançamento desse tipo no Brasil num é muito normal e ai quando sai o povo cai em cima.
Seus vídeos são bem nos esquema das bandas antigassas de Trash, como muito palhaçada e bom humor, bem classe B mesmo, vejam Wrong Answer no myscape dos caras: Municipal Waste Myspace
Os manos das antigas como eu vão se lembrar de vídeos do Kiss, Suicidal e Twister Sister, bom demais.
Quanto ao show, ao chegar no Clash Club, fiquei meio tenso pois tava vaziaço, será que seria miado?
Mas depois descobri que tinham nada menos do que três bandas de abertura e que nenhuma delas era realmente forte pra puxar o publico.
O som começou a rolou com V8, no maior esquema “Banda fã do Seputura”, uma molecada que parece ralar, mas nada de novo.
Seguimos com o CHOKE de Curitiba e mesmo ele comentando em palco que já gravaram quatro CDs, num tinha nada de diferente e dentro de um estilo quadradão não conseguiram abrir a roda nenhuma vez.
A terceira foi novamente uns moleques, desta vez do interior de Sampa, com a banda Sakramento. Menos trash e mais metal, ainda conseguiram agitar um pouquinho a galera que nesse ponto já era num numero bem interessante.
Ufa, depois de uns 20 minutos finalmente o prato principal da noite e ai vem o Municipal Waste. Caramba o bicho pegou, logo nos primeiros acordes a galera colou na beira do palco e ai foi roda, pogo (incitado, pelo vocal) , moshes dos mais nervosos e “crowd surf” embora ninguém tivesse a coragem de ter trazido uma prancha de verdade como é comum nos shows dos caras na gringa.
Municipal Waste |
Municipal Waste |
Municipal Waste |
Municipal Waste |
Fizeram um bis de mais 5 sons e depois disso num tinha mais ninguém em condições de pedir mais nada, pois depois de tanto agito naquele calor de mais de 350, o lance era vazar e curtir a sensação de ter ido a um show PRÓ.
Além de todas essas coisas bacanas que rolaram queria fazer um destaque final pro vocal, que de longe é gente boa, pois ficou antes e depois do show atendendo aos fãs que queriam tirar fotos e saber da banda, caraio, nota 10 e mostra que banda grande ou não e gringo ou não... ser humilde e tratar bem o publico é imprescindível.
E lá fui eu pra casa cantarolando Surf Nicarágua do Sacreid Reich, como disse nostalgia é bom demais (ou cacete num tem nada de novo acontecendo musicalmente).
Flavio El Loco
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