Pra situar quem num conhece ou conhece pouco ele começaram em 79, com um dos disco mais clássicos da história do punk rock – Punk´s Not Dead.
Engraçado eles terem essa necessidade de falar que o punk num tinha morrido apenas dois anos depois do seu “nascimento” – 1977 e nós já num século seguinte comentando isso, ou seja queiram os críticos ou não o Punk não morrerá jamais e sempre será um estilo copiado, reinventado e estudado.
Outros dois detalhes do Exploited é que:
1- foi a primeira banda a fazer um punk rock mais rápido, que podemos dizer foram os prenúncios do hardcore.
2- Wattie foi o cara que imortalizou o Moicano, por usa-lo sempre como líder de uma banda com muitos fans e até pela capa Let´s Start a War... (Combat, 1983) a imagem de uma caveira moicana, imortal!!
Com essas pequenas informações já podemos sentir o que estava por vir nesse show, mas antes do prato principal, iríamos ter alguns aperitivos, começando com a molecada do BUSSCOPS.
Todos na espera e de repente entram 3 caras no palco no melhor visual Hawaii, nem eu e nem ninguém entendeu nada, mas acho que nem era pra entender mesmo, porque plugaram os instrumentos e sentaram a sarrafo musical na galera.
Um grind core bem retardado acordou o povo que já estava meio lento com o calor que fazia. Um showzinho legal e aposto que muita gente saiu interessada na banda.
Depois deles, AGROTÓXICO, banda hardcore paulistana já veterana e com muitos seguidores, subiu ao palco e fez muito bem seu trabalho. Um show bem porrada e rápido como o ambiente precisava. As rodas já começaram a abrir e muitos já colaram no palco.
Como era um show especial, eles só mandaram sons conhecidos: G7, Bom Dia Bagdá, entre outras...e as que mais adoro: Lobotomia Geral e Marcas da Revolta.
Um show muito noiado como deve ser um bom show de hardcore.
Arthur - Agrotóxico |
Mas aqui os mais atentos já sentiam o que seria o principal baque da noite. Já no meio do show do Agro, Jef (baixo e vocal) estava rouquinho de tudo e se esforçava pra cantar os sons, era os maiores indícios que o calor já estava matando.
Rolou um tempinho pra galera se recuperar, mas se recuperar como se o calor só crescia, nem toda água iria ajudar e foi assim que uns 20 minutos depois Wattie, com um fantástico moicano Laranja fosforescente de pelo menos um palmo entra no palco e ao começar as primeiras estrofes de Let´s Start a War... conseguiu o que parecia impossível: Pós fogo no Inferno!!
A galera perdeu o ultimo link com a sanidade e enlouqueceu de vez. Tirar fotos nem pensar, pois a frente do palco, mesmo com umas grandes, virou uma grande muvuca e até pra sair dali eu sofri.
É foi isso que você leu... apesar de estar na boca do palco tive de sair pois não havia mais oxigênio, muito foda.
Fui lá pro fundo e o show rolava com um hit atrás de outro e quanto mais a banda tocava, mas pro fundo eu tinha de ir em busca de uma golfada de ar fresco.
Do fundo, consegui voltar a raciocinar e deu pra perceber como estava lotada a casa, chutaria mais de 700 pessoas e também deu pra sentir como a banda ou melhor Wattie também se ressentia do calor.
Era nítido que ele se resguardava pra sobrar energia pra cantar. Ele só se limitava a ir pra frente e pra trás e cantava. Muito menos gás que em outras vindas ao Brasil, mas ai temos de lembrar que ele era bem mais novo e que desta vez ele estava no meio da tour e isso acaba influenciando. Mas a fita é Wattie esta tiozinho.
Wattie - Exploited |
Os mais detonados, mesmo não fumante, pediam um carimbo no braço pra sair e tentar se recuperar.
Eu mesmo me alojei perto da porta de saída pra aproveitar o arzinho que entrava quando o povo passava.
Isso ajudou mas num foi suficiente e não guentei o show até o final ( tinha acabado de melhorar de uma pneumonia e o corpo trincou) e depois de beat The Bastards, tive de sair.
Mas os poderosos que suportaram até o fim, ainda escutaram USA e viram o dueto de Cherry e Wattie cantando Sex & Violence no BIS.
É isso... Exploited, Insanidade, Punk na veia... pra ter pegada até o fim.
Flavio El Loco
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