terça-feira, 16 de abril de 2013

SHOW: CHRIS MURRAYCHRIS MURRAYCHRIS MURRAY NO BLECKEER St. - São Paulo – 18/12/2009

Quando se fala em SKA automaticamente se pensa em uma banda com pelo menos 7 pessoas, naipe de metais e por ai vai, mas o Canadense (radicado em Venice – USA) muda essa forma de pensar.
Chris um violão e mais um baixo com uns backs (vocais) de leve já são a conta pra se fazer o mais suave e criativo Ska.
E reza a lenda que por onde passa vai deixando fãs apaixonados pelo seu ska “minimalista”, mas de extrema pureza.
Foi pensando em checar essa lenda que fui conferir o show desse brother no Bleecker St. (SP).
CHRIS MURRAY

De incio acho que a boa é falar desse pico, Bleeckers St. Um barzinho misto de pub e dance hall, muito legal, não caríssimo e com freqüência agradável (pelo menos neste show do Chris) e com bom equipamento de som que no Brasil já joga a cotação do lugar lá pra cima, pois estamos cheios de bocas de porco, onde o som é tipo radio de pilha AM. Mas enfim o Bleecker é altamente recomendável, se ver uma festinha interessante por lá, ou melhor, ainda um showzinho de ska, vá com fé, que a diversão é certa.
Além do Chris, contaríamos também com o som da São Paulo Ska Jazz, ai sim uma banda completa, idealizada em 2007 por Marcelo Calderazzo, a banda foi tomando forma ao longo desse período e agora já tem um CD independente e esta se instalando na nossa cena ska-jazz..
Musicalmente são perfeitos, músicos de primeira e impecável, mas a banda ainda absorver o espírito do ska, ser caliente sem ser rumba ou calipso, ser cool sem ser jazz... ou seja o estilão “rude” que já conhecemos bem.
A impressão que deixa nesse momento é que a influencia do ska nas musicas e set list ainda é tênue e divide espaço com MPB, Bossa Nova e principalmente MUITO Jazz, acho que a SPSJ é mais Jazz-ska do que Ska-jazz.
Fizeram um set até que curto, mas repleto de presentinhos, como cover do Nirvana, Police e Samba de Uma Nota Só.
Tudo muito legal, mas pra mim um “tico” Jazz demais.
No intervalo Rev. Dennys, deixou rolar uns skazaços tradicionais, para a alegria da moçada que finalmente pode ensaiar soltar o corpo.
E ai sim, vou conferir a lenda, pois entra no palco Mr. Chris Murray e acompanhantes, como disse acima, Baixo, e dois back que faziam alguma percussão.
Mas já de cara Chris mostra ao que veio e confirma que é a estrela da noite, de prima dispara “Why so Rude?” e “Rocksteady”...fim de papo a lenda esta confirmada e let´s SKA.
A seqüência é só de hits, cacete foi a impressão que tive, pois foi meu primeiro contato com a musica do Chris é que tudo na mão dele vira hit, bom demais.
CHRIS MURRAY
Refrões que penetram e ficam na sua mente e como Chris é canadense, tem um inglês muito fácil de entender e todo mundo já sai cantando junto depois da primeira estrofe como se fosse conhecedor profundo do som do Chris.
Meio quietão ele pouco fala com o publico, mas não da paz a seu violão e sem dó torpedeia a galera com Ska da melhor qualidade letras tradicionais como “Sammy come a jail” ou que tocam nos (infelizmente) eternos problemas como intolerância racial como em “Shade of Same Color”
Também faz uma homenagem aos Skatalites com “The Real Ska” e fala de amor em “Ex-Darling”.
CHRIS MURRAY
Uma noite de gala foi o que Cris proporcionou a quem foi no Bleeckers St. E na saída, já com 2 CD dele na mão fiquei pensando que bom se todos os shows fossem assim.

Flavio El Loco.

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