sexta-feira, 26 de abril de 2013

Resenha: Flicts Singelos Confrontos [CD – Red Star Recordings – 2013]

E 10 anos se passaram e muita agua passou por debaixo da ponte e aqui estamos nós novamente pra falar de uma das melhores e mais importantes bandas de punk rock de São Paulo e do Brasil: Flicts.
Flicts - Outs (2011)
Mas vamos fazer uma apanhado desses 10 anos:
Depois do sucesso de Canções de Batalha (pra mim um disco antológico), os shows eram insanos e seu publico cada vez maior, mas o destino quis que tivéssemos um hiato e a banda acaba.
Foi um baque forte para a cena punk rock, mas a vida continua, seus integrantes deram continuidade a seus outros projetos. Arthur (guitarra e vocal) e Jeferson (baixo) que fazem parte do Agrotóxico e Rafael (batera) que na época tinha o Extra Stout e mais outras bandas.
As acho que a saudade foi mais forte e tempos depois o Flicts volta. Tímido, mas de volta e nos corações dos amigos, trabalhadores, despedidos, lutadores, briguentos, futebolistas e apaixonados pelo punk rock reacende a chama que tinha sido apagada.
Flicts - Cidadão do Mundo (2011) 

Pouco a pouco o espaço é retomado e novas musicas vão quicando num show aqui e em outro acolá, mas quando teremos um novo trabalho???
A resposta vem agora: Abril de 2013 sai o 100% inédito “Singelos Confrontos” que parece ter tido uma gestação mais morosa que a maioria dos CDs que vemos por ai, mas também teve todo um carinho especial e preocupação extra na sua concepção.
Flicts, a capa do novo CD 

Desde a capa (uma imagem de um garoto cubano que treina box) até o belo trabalho da gravação e produção, que definitivamente vieram num patamar acima da média.
Mas isso tudo não teria seu valor se o conteúdo musical fosse ruim (já vimos isso antes né?) e pelo menos pra isso esse 10 anos devem ter servido.
Visual caprichado do Digipack 


A Banda está sensivelmente diferente. As letras estão mais politizadas, anárquicas e até certo ponto sérias.
A banda amadureceu e mudou, os momentos de brigas de bar, baladas noite adentro pelas ruas de Sampa, foram trocadas pela preocupação com o atual estado das coisas, pois nunca (pelo menos pra mim) estivemos tão fundo no poço.
Alguns dos temas já são nossos conhecidos, mas desta vez com uma roupagem apurada. Lobos na pele de carneiros, mídia te massacrando com “necessidades” 100% desnecessárias, apatia cada vez maior do brasileiro, a falta de brio pra continuar lutando e por ai segue...
O som não muda muito e como em Canções de Batalha é pulsante, energético e te faz cantar musica a música com a banda, seja nos shows, no carro, busão o simplesmente quando vc está sentado em sua laje olhando perdidamente para o horizonte pensando qual será o próximo passo.
Já escolhi as minhas prediletas: “Meu Bairro, Minha Rua” (bons tempos de empinar pipas na Vila Romana) e Liberta (precisamos desse chacoalhada).
Agora é sua vez, pegue o CD e se divirta em escolher sua predileta no meio de tanta coisa boa.
“Brasileiro, desperta
Levanta e luta
Juventude desperta
Rompe a apatia e vai além”

Flavio Loco Ferraz

Opa, quero CD, né? Compre aqui....
Red Star Recordings
Quer mais? Show?? Ok, ok.... vai ai cara... rompe a apatia e vai!!



Ainda num tá bom??? Que exigente...OK, uma palhinha (nossa que coisa de programa de auditório!!) , toma também...
Myspace do Flicts

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Clipe: Ação Direta [Desconstrução] e Mini entrevista com o Gepeto.

Ação Direta é uma das bandas mais importantes do HC Brasileiro, mas nunca explodiu verdadeiramente. Escutei muita coisa boa sobre o CD novo (ainda não peguei), mas o vídeo de um dos sons é DEMAIS!!
Trabalhado em simplicidade e objetividade consegue o que muita banda tenta mas naufraga, que é passar a mensagem da musica para que vê e escuta, mas pra vc sacar 100% é melhor assistir, let´s go!!




Pra não ficar a qq blog por ai que joga o vídeo e pronto, descolei um mini entrevista com o Gepeto, vocal do Ação Direta.


Loco - No vídeo é claro a qualidade de imagem e som, acha que com esse trabalho a banda chega a um patamar superior?
Gepeto: O objetivo foi fazer o clipe no mesmo nível da produção do álbum  Com qualidade e profissionalismo. Não esperamos um "patamar superior " mas tivemos sim essa preocupação com a qualidade, a fim de mostrar algo de qualidade ao público que nos acompanha e também aquelas pessoas que ainda não conhecem o nosso trabalho.

Loco - Apesar de ótima qualidade tecnológica, o vídeo se destaca pela sua simplicidade, sem efeitos. Mimimis ou Frescuras, essa é a cara do Ação Direta?
Gepeto: Procuramos fazer o melhor dentro das nossas limitações e das limitações que tivemos para realizar o trabalho. Creio que simplificamos e conseguimos um grande resultado num cenário simples e os primeiros feed backs estão sendo muito positivos e o resultado tem muito da mão do diretor e de toda a equipe que trabalhou no dia com muita seriedade e aplicação. Tivemos sorte de ter esta oportunidade de parceria junto com a escola ETEC Jornalista Roberto Marinho e os alunos voluntários que estiveram envolvidos na produção. E com certeza o clipe, assim como a música representam bem a proposta da AÇÃO DIRETA !

Loco - Desconstrução tem um poema forte e os vocais, diferente de muitas bandas de hardcore são 100% inteligíveis ( putz, amo isso) vcs acham que com isso a mensagem da musica foi plenamente transmitida no Clip?
Gepeto: Creio que sim. Nossa música tem sempre uma mensagem e está foi muito bem compreendida e o melhor de tudo, as pessoas, baseadas em suas diferentes experiências pessoais tem se identificado com a música e com sua mensagem ! Estamos felizes com esse resultado !

É isso galera...ENJOY!!!
E não esqueçam: Hoje tem Lama (Finlândia) no Hangar 110.

terça-feira, 16 de abril de 2013

O começo do recomeço.... O primeiro post do Loco A Go-Go.


Bem e lá vamos nós de novo, sempre tentado fazer algo melhor.
Depois de uma meia duzias de blogs e ideias, sempre e sempre vamos aprimorando e neste Blog, procurei compilar boa parte das matérias que escrevi anteriormente e espero que seja a minha casa de trabalho por muito tempo.

Pra quem quiser o trampo antigo é só ir fuçando ai...e quem quiser o novo é só esperar, lembrando que sexta agora tem Lama Hardcore da Finlândia no Hangar 110 e vamos em frente... quase com 50!!

Flavio Loco Ferraz

Info/Agenda:Lama, o melhor do punk finlandês no Brasil!! (Abr/2013)


Descobri o Lama e o punk finlandês em 1983, no zine SP Punk ( feito pela Meire e Callegari) e diferente dos dias de hoje onde informação esta 100% a sua disposição, saber que existia punk na Finlândia era DEMAIS.
Lembro que liamos e relíamos varias vezes o mesmo zine, até que os nomes das bandas, discos e demais informações estivesses gravados forte na sua mente, pois na época conhecimento era tudo.

Lama


O Lama foi formado em 77 e vem de Helsinque, capital da Finlândia. Como todo inicio, teve muitas entradas e saídas e alterações de posto, afinal no começo de muitas bandas punk, principalmente naqueles anos ninguém sabia tocar porra nenhuma e assim iam descobrindo o que faziam melhor...baixo, vocal, guitarra, bateria ... ao longo da formação da banda. Mas definitivamente tinha muita coragem e garra de tocar um projeto assim saído do nada.

Lama


Lama




O Primeiro compacto da banda, intululado  Totuus Löytyy Kaurapuurosta foi lançado em 1980.

O segundo e o terceiro 7" - saem no mesmo ano, 1981 e um ano depois o seu unico disco (LP), quem vem com o mesmo nome da banda - Lama (traduzido por alguns como: deontes).
E em 1983, mais EP e em seguida uma compilação com todos os compactos lançados. Infelizmente esses foram o Legado que o Lama nos deixou, uma pena.

Lama

Após isso a banda acaba, alguns de seus ex-membros tocam em outras bandas mas nenhuma com o status do Lama.

Existem muitas histórias interessantes sobre o Lama, como por exemplo, ela era a unica banda com livre acesso de tocar em Helsinque (capital da Finlândia  e Tampere ( a outra cidade que tinha uma cena forte de Punk Rock) pois os punks de uma cidade eram tretados com os da outra (isso soa conhecido pra vc, old school friend??) 


Outra lenda (mas eu chutaria que é verdade) é que eles só ensaiavam muito bebaços, a base de Sorbus uma bebida feita com umas frutinhas do mesmo nome.

O EP Väliaikainen tem uma das capas mais bacanas ever, se ligue:


O primeiro lançamento do Lama no Brasil, foi no melhor do estilo DIY (uma das coisa que me fez ligado no punk), uma fitinha K7 que era vendida baratinho e corria de mão em mão e agitava a beberagem dos sábados a noite.




Agora chega de papo e vamos ao que interessa: A banda vai reunir e tocar aqui no Brasil (reza a lenda que até um documentários isso irá virar) e se eu fosse vc não perderia, pois não creio numa nova chance de vê-los.



Não conhece nada da banda? Ou Conhece e quer se animar pro show? Ai vai... Punk Rock Finlandes Fudido pra vc, sem babaquices. 







Aguardem a resenha do show e muitas, muitas fotos!!

Flavio “Loco” Ferraz
Facebook: Flavio Loco

Resenha: Crash Playground – Crash Playground (2012) – 7” (Definitive Choice Records) - (Fev/2013)

E mais uma vez o underground nacional copia o gringo: Banda nova e músicos das antigas.
Assim como Keith Morris (ex-Circle Jerks) volta com gás total com o OFF! Aqui Junior (Ex-White Frogs) volta também pilhado com o Crash Playground, claro tudo isso guardando as devidas proporções, mas é um paralelo que teclo e reteclo, afinal não podemos só depender da velharada como eu.... a new school, precisa dar o ar da graça.
Mas mimimi a parte vamos ao disco, na verdade um 7 polegadas MUITO bem produzido em todos os aspectos, bela capa, belo vinyl branco, bela capa e por fim um belo booklet cheio de informações.
Crash Playground - 7" 
Mesmo sendo um 7”, o disquinho, vem seis sons:

Lado A:
1- No Heroes
2- My Record Collection Is Better Than Yours
3- I Eat Meat

Lado B:
1- I Believe
2- Crash Playground
3- All My Friends

Não conheço todos os integrantes da banda pessoalmente, mas conhecendo o Junior (agora Liderando os vocais) e sabendo tudo que ele ouviu e ouve, não me espantei ao sentir, as mais variadas influências no disco. De batidas marciais a La Dropkick Murphys, passando por riffs, marcados do HC NYC, pitadas de disritmia do Dead Kennedys e por fim as maiores influencias, HC Fugazi e HC melódico.
Por motivos mais que pessoais é natural que eu ache a melhor musica a terceira do Lado A: I Eat Meat (and a LOTTTTTTTT!!)



Corram atrás do som que vale bem a pena, um dos melhores nacionais do estilo que escutei nesses meses.

Flavio “Loco” Ferraz

Alexander Rademaker: a Short Skate Film (Fev/2012)

Nunca tinha colocado um vide de skate aqui, pois apesar de ser apaixonado pelo esporte, a muito não sei o nome das manobra e não me sinto apto a comentar como especialista.
Mas acho que posso comentar como simples apreciador e nesse caso já explico que sou amante da old school.
Não só da old school pura, mas a que misturada a new school e e bem balanceada cria manobras como desse vídeo que caiu no meu colo e decidi dividir com vcs.
Além de lugares lindos (Geneve - Suiça) o moleque é só estilo, babem os robóticos!!




Flavio "Loco" Ferraz


Resenha: Bad Religion – True North (2013) - Epitaph (Fev/2013)



Bom começo de ano, um Bad Religion fresquinho, é sempre uma noticia animadora, massss... lembrei dos últimos trabalhos que não fizeram vibrar como os antigos sons. Que será que íamos encontrar nesse novo play???

LP True North - Bad Religion



Clico o play e vamos que vamos...
True North abre e nomeia o disco, mas como foi divulgada um pouco antes do lançamento, já conhecia e já tinha passado pelo, meu “malvado” crivo, um som bem dinâmico, forte e na velocidade certa pro BR e dita a pegada do disco.
Na primeira audição inteira, Fuck You, já pula na frente e é um hit básico de cantar em show e tirar o povo da inércia, o hit máster do disco.
Escutando mais, vão se destacando: Robin Hood in Reverse(definitivamente minha predileta do disco), Land of Endless Greed, Drarma and the Bomb(com muitas nuances de Agent Orange, ficou demais e com Brett Gurewitz, nos vocais) e Nothing To Dismay.  
Um disco que fica fácil um dos Top 5 do Bad Religion, e assim nem tenho de perder tempo de dizer que é Discoteca Básica.
Coisinha interessantes:
A produção do álbum ficou nas mãos do guitarrista Brett Gurewitz e de Joe Barresi (Melvins, Queens of the Stone Age, Pennywise)


Bad Religion


Musicas do Disco:
01. True North 
02. Past is Dead 
03. Robin Hood in Reverse 
04. Land of Endless Greed 
05. Fuck You 
06. Dharma and the Bomb 
07. Hello Cruel World
08. Vanity 
09. In Their Hearts is Right
10. Crisis Time 
11. Dept. of False Hope 
12. Nothing To Dismay 
13. Popular Consensus 
14. My Head is Full of Ghosts 
15. The Island 
16. Changing Tide





Pra quem curte um pouco mais da musica que simplesmente ouvir, aqui estão a letra da minha predileta do disco: Robin Hood in Reverse (atenção a homenagem para a musica If The Kids Are United do Sham 69).

"Robin Hood In Reverse"
Here's the church; there's the steeple.
Open up the door; corporations are people.
Wait, what did he say?
What the fuck did he say?

It couldn't last; they had to crash.
Some parties are just made that way.
But when the bell rings, the boys will sing,
Swing low sweet precariat.

Let's say we try to get this right,
Said the plutocrat to Jesus Christ.

And when the old fox, fearing the worst,
Made his entrance in a hearse,
Then the nine in black robes all went berserk.
Oh yeah.

This is a tale of Robin Hood in reverse.

Citizens united. I was excited.
(When the kids are united, they can never be divided.)
But that was yesterday.
There's a brand new sham today.

Let's say we try to get this right,
Said the plutocrat to Jesus Christ.

And when the old fox, fearing the worst,
Made his entrance in a hearse,
Then the nine in black robes all went berserk.
Oh yeah.

This is a tale of Robin Hood in reverse.

Oh yeah.

Let's say we try to get this right,
Said the plutocrat to Jesus Christ.

And when the old fox, fearing the worst,
Made his entrance in a hearse,
Then the nine in black robes all went berserk.
Oh yeah.

This is a tale of Robin Hood in reverse.
This is a tale of Robin Hood in reverse.


Pra finalizar deixo dois sons pra você curtir e sacara um pouco o disco.



Esse é o clip oficial de True North, que é demais e mostra o “caminho” pra molecada, repare os detalhes old School, que já mais devem ser esquecidos, a vontade de tocar e mostrar sua rebeldia, não só no seu visual, mas como nas idéias refletidas pelo seu som e (pra mim) a preocupação de se focar no sistema como inimigo e não naqueles que lutam ao seu lado, mas usam caminhos diferentes.




Robin Hood in Reverse.


Enjoy
Flavio “Loco” Ferraz

Review: Motorhead - World Is Yours (2011) - (jan/2013)



Motorhead – The World Is Yours  (2011) – Motorhead Music

Puta banda e um bom disco. Lançado em 2010, eu sei, eu sei to atrasadinho...mas o Blog tava devagar e agora vai...
Voltando, lançado em 2010 é um belo álbum dedicado ao RNR e os amantes de Motorhead vão curtir muito, nada de invenções e nem de firulas, um álbum verdadeiro e com a cara da banda.
Nem tem muito que falar, é simplesmente Motorhead fazendo Motorhead...basta correto?




Faixas:
1.
"Born to Lose"  
4:01
2.
"I Know How to Die"  
3:19
3.
"Get Back in Line"  
3:35
4.
"Devils in My Head"  
4:21
5.
"Rock 'n' Roll Music"  
4:25
6.
"Waiting for the Snake"  
3:41
7.
"Brotherhood of Man"  
5:15
8.
"Outlaw"  
3:30
9.
"I Know What You Need"  
2:58
10.
"Bye Bye Bitch Bye Bye" 

Melhor som: Rock N Roll Music (quinta faixa):


Enjoy
Flavio “Loco” Ferraz
Facebook: Flavio Loco

Resenha: Adolescents – American Dogs in Europe - EP (01/2013)



Começa 2013 e tudo igual, ou seja, continuamos tendo bons lançamentos das melhores bandas “antigas”.



Ok, que esse EP é de Agosto/2012, mas só agora caiu aqui no meu colo.

O lado bom é que é ótimo escutar sons inéditos dos Adolescents, não é de alucinar, mas são quatro sons bons que valem a pena ser conferidos.

Saiu em CD e em Vinilzinho (EP) que é em 45 RPM e só foram feitas 1000 cópias.
O Selo foi o Concrete Jungle Records: http://www.concretejunglerecords.com/home/

O melhor som fica pra faixa titulo: American Dogs in Europe

Destaque da capa que é uma belíssima ilustração de Mario Rivière: http://www.marioriviere.com/


Flavio "Loco" Ferraz

Los Ultraman - Free Download (set/2012)


A ótima banda uruguaia Los Ultraman esta disponibilizando seu primeiro CD (já tinhas 2 EPs) pra download grátis.
Aproveitem pq a banda é demais. Surf music clássica (incluindo uma cover de Ventures) e material próprio com um toque de garage moderno. Segue a qualidade de outras boas bandas Uruguaias e ainda fica sempre aquela vontade de ve-los por aqui!!

Primeiro EP


Segundo EP

Site da banda com o download.

Los Ultraman no myspace

Flavio El Loco

Draluka - Surf Music IRADA!!! (Jul/2012)

Caramba como isso é bom, banda nacional BOA, com som bem tocado e inventivo, raridade nos dia de hoje.
Já tão na ativa faz um tempinho, 2006/07 e já tem um CD (Comando Fantasma) e agora saiu um lindo 7” (Vilipendio a Cadáver) com quatro sons em vinilzinho colorido... o meu é vermelho, pirei...ficou demais.
O som é um mix de surf music e garage (non pop). Influencias? Mummies, Supersuckers, Link Wray, Davie Allan & The Arrows e Dick Dale. O CD é fantástico, e já chuta o blade com um hit: Gorila Perez (será uma homenagem a Carla Peres, quando não se depila???), o som é animal , dançante, com riffs que ficam na memória e muito pulsante. Daqueles que você quer escutar andando num carro a mil!!
Na seqüência outros bons sons... os que mais curti: Hangman Blues e Comando Fantasma.
CD - Comando Fantasma 
7" - Vilipêndio a Cadáver 

Myspace da banda pra vcs sacarem o som: Myspace Drakula

Quanto ao 7” ainda não ouvi, reza a lenda que semana que vem ganharei um toca discos novo e assim vou tirar o atraso na vinilzeira que tá cabaço aqui na prateleira. Mas pelo show que acompanhei no Inferno no dia 24/06 promete muito.
Só deixar vocês com mais água na boca a banda toca toda mascarada no melhor estilo “Los Straitjackets” no capricho.
Melhor que palavras são imagens veja e conclua por si só, o que digo.
Drakula 
Drakula 

Achei um clipezinho, mas sinceramente não me animei.. Os Vocais estão baixos e não faz jus a qualidade sonora da banda, vamos esperar por outros mais pegados!!
Mas quem sabe vc num curte...decide ai.
Bem, agora que deixei você com água na boca e querendo coisa do Drakula, tenho pelo menos de passar o contato dos caras: drakulaband@gmail.com
Pra fuder a biela eles tem umas camisetas da hora... embora ainda eu não tenha conseguido pegar a minha extra-large-super ainda.
É isso procure que vc vai curtir... conforme puder subo mais fotos da banda, continuem acompanhando.

Flavio "Loco" Ferraz

SHOW: Lixomania... de volta pra ficar e “Violência e Sobrevivência” (Jun/2012)



Comecei a escrever uma matéria sobre a volta do Lixomania Falando da volta deles e os shows no Sesc e Dynamite Pub) e tudo mais e quando comecei a pesquisar percebi que não existe quase nada sobre a banda... fiquei bolado porque a banda merece e muito estar em evidencia, pelo menos essa formação que esta ai e que infernizou o SESC e o Dynamite Pub, que foram os dois últimos shows que eu vi... os dois bons demais!!
Assim ao invés de uma matérinha da volta deles (pelo que achei tavam uns bons anos fora de atividade) e então vou ver logo se faço uma entrevista bem louca com a banda nessa nova formação: Rogério, Mirão, Moreno e Luis.
Enquanto isso não rola, vou falar um pouco do relançamento do “Violência e Sobrevivência” e recomendar que se souberem de algum show da banda compareçam, porque ta foda de bom!!

“Violência e Sobrevivência” – CD – Corsário Discos

Violência e Sobrevivência - 7"


Vamos começar direto relembrando que a Lixomania foi à primeira banda brasileira a ter um registro solo em disco. Pela pouca prensagem e porque a banda era louca demais, esse compacto sumiu rapidamente e virou peça de desejo da maioria dos punks brasileiros e de muito gringos também...
Mas essa carência chegou ao fim (porra demorou pra cacete pra eu pegar esses sons).
É o famoso e desejado “Violência e Sobrevivência” um 7” triplo.
Lado A:
Violência e Sobrevivência
Massacre Inocente
O Punk Rock Não Morreu
Lado B:
Zé Ninguém
Fugitivo
Os Punk Também Amam

E mais uma porrada (29) sons extras, que são todo tipo de coisa. Ensaios normais e acústico e dois shows ao vivo (no Circo Voador e no Começo do Fim do Mundo).
Bem nem perderei tempo falando da qualidade dos bônus, pois que já leu um mínimo sobre a história do Punk no Brasil, sabe que condições rolavam as gravações e shows, mas valem muito como registro histórico e muitos são bem legais.
Bem além de épico, ter o 7” é discoteca básica!! As 6 primeiras musicas tão rodando direto aqui em casa.... agilize o seu.
Você pode encontra-lo na loja do Xines (do Escomungados), ai vai o endereço: Galeria Nova Barão, Loja 35, Altos (R. Barão de Itapetininga, 37 – São Paulo – SP) – Fone: (011) 3257-8787

Fotos do Dynamite Pub: 09/06/2012

Lixomania - Mirão 

Lixomania - Luis e Moreno (lá atras Mirão)


Fotos do show do SESC: 19/05/2012

Lixomania - Moreno e Rogério

Lixomania - Mirão e Rogério



Lixomania - Moreno

Fotos e Texto: Flavio "Loco" Ferraz


SHOW: 1ª SKA STOMPER FEST


Como é bom sentir os bons ventos que por vezes sofram nos picos undergrounds de São Paulo.

Uma festa SKA. Isso soa maravilhosamente, principalmente porque o que nos pobres ouvidos costumam escutar é: Ai vem o Forro Universitário, Festa de Axé, Bailão Funk e Roda de Dupla Sertaneja e quase nunca uma festa rockers, seja ela, punk, metal, surf ou ska pois mesmo eu tendo englobado muitos estilos nesse “rocker” poucas festa assim passam pelos nossos olhos, ouvidos ou pipocam em nossos e-mail.
Então quando isso acontece temos que primeiramente elogiar a iniciativa e torcer pra que os envolvidos continuem na ativa: QUEREMOS MAIS PARTIES!!!!
Bem eu tenho uma quedinha especial pra festinhas SKA, poxa quem conhece sabe que é um sonzinho de primeira pra dar uma agitada. Isso mesmo dançar um pouco num faz mal a ninguém, ainda mais quando misturamos soul e funk (não o funk torto) na discotecagem.
Então pra mim foi tudo de bom quando soube da Ska Stomper Fest, duas bandas que num conhecia e discotecagem antes e depois, soma-se isso aos amigos e umas biritas e ta feito um esquemão pra diversão completa.
Mas parece que os deus da breguice conspiram contra as boas idéias e sábado choveu como se fossemos ter um novo dilúvio, caiu água o dia todo nem sem como tinha tanta água lá em cima e como todos bem sabemos muita gente depende de conduça e ai sempre rola um desanimo que ira pra balada de mascara e snorkel.
E dito e feito cheguei lá bem úmido e pouca gente tinha tido mesma coragem que eu, fiquei tristonho, pois era o primeiro Stomper Fest e já viu né se o primeiro dá errado já desencadeia uma seqüência de desânimos....e tudo morre na praia.
Bem casa ainda vazia, mas um sonzinho já rolava nas caixas, fui ao bar me municiei de uma bebida pra espantar o frio e bora se divertir.
A discotecagem era por conta do JURASSIC SOUND SYSTEM, da famosa festa You & Me on a Jamboree, e o groove do MASTA BLASTA HI-POWA, formado por Thiago DJ e Reverendo Denis, meus velhos conhecidos de balada, então já tinha certeza de escutar muitos hits de primeira e muita coisa que nem imaginava que existia, porque os caras são garimpeiros de som bom.
Já um pouco mais caliente, vi que a noite podia ser salva e que pouco a pouco uma galera ia chegando e começando a dar um animo ao Hangar.
Muitos sons e biritas depois entram no palco a galera do King Hassan Orchesta, e faz um set simpático, misturando uns bons covers com uns sons próprios.
No começo o vocal estava por conta do baixista que convenhamos tocava baixo melhor do que cantava, mas ai do nada subiu ao palco um vocal convidado e e soltou a mandar bons sons que incentivou a galera a entrar na dança.
A banda era interessante, mas achei que os metais (que qdo tocavam eram bons) deveriam estar mais presentes nas musicas... SKA tem de ter muito sopro. Outra coisa que reparei é algumas letrinhas de canções próprias temando pro ska mais tropical... com papinho de “minhas raízes” sei lá acho que isso é mais pra Cidade Negra.
Ai voltamos com as pick ups e mais uma galerinha apareceu, acho que o suficiente, pra salvar a festinha.
Não posso esquecer de comentar algo importante. Além de som, amigos, birdies, birita tinha uma lojinha da Radiola (selo Brasileiro de SKA) vendendo muita coisa legal: CDs, DVDs, Vinyl( só filet), Patches e Bottons. Pô lojinha é básico em festinha assim... essa da Radiola tava campeã.
Many sounds after, o palco recebe uma enxurrada de gente, era o Extra Stout na parada.
Cacete, nem preciso dizer que como cervejeiro nato, amei o nome da banda e Caracas como tem gente que faz parte dela, num contei, mas acho uns 8 integrantes, insano.
Muito legal a banda com tanta gente assim achei que poderiam se enrolar, mas tava bem bacana.


Axl Rude
Tinha um bom naipe de metais e um baixo de pau, muito estiloso. Como vocais, isso mesmo no plural porque temos dois manos cantando e duas figuraças da cena Ska, Caio Fortão e Axl Rude (ex-maleducados) todo mundo no visual e mandando como no set anterior sons próprios e uns covers misturados.


Marcão

Os temas são mais british, falam de cerveja (opa tem todo meu apoio), amizade e coisas assim.
Bem legal a banda, acho que pegando mais experiência vai ser uma das tops do SKA Nacional.

Axl Rude & Caio Fortão


Finalizando o show, a discotecagem continuou, mas o publicou sai forte, pena sinal que ainda num temos a cultura de ficar no pico, papeando, dançando e se divertindo.
Só espero que galera que tocou o projeto se anime e continue, se fizerem o Ska Stomper Fest 2 estaremos lá com certeza.

Flavio El Loco

Show: G.B.H. - Inferno - São Paulo/SP 09/10/2009


Depois de um Sham 69, com pouco publico, a aproximação do show do GBH me preocupava. Se o Sham que era um expoente maior que o GBH (minha opinião) e também ainda inédito aqui num lotou, o que aconteceria com o GBH que é uma banda da segunda geração punk rock, menos clássica e já namorando com o hardcore.

Estava preocupado e comecei a papear com uma galera sobre as expectativas do show e pra minha total surpresa percebi uma expectativa muito maior do que para o show do Sham.
Isso era ótimo, pois quanto mais bombados os show gringos mais shows gringos de boa qualidade teremos e mais informação viva será espalhada, pois hoje estamos vivendo de muitíssima informação eletrônica e isso deixa muita gente stagnada por ai, pois além de ser fácil descolar num dá um milésimo de energia que algo cara a cara.
Aproveitei pra reavivar minha memória de sons do GBH mais desconhecidos e lá vamos nós pro Inferno.
Tínhamos dias banda de abertura, a muito conhecida Gritando HC que sempre foi calcada em temas “Skate or Die” e grinders, muiiito mais conhecida, mas com o mesmo tema.
Embora eu seja pirado em skate punk, num acho que tenha sido a abertura perfeita para GBH, mas acho que podemos responder com uma outra pergunta: Quem poderia abrir no lugar deles?
É pode até ter respondido algo, mas aposto que demorou... É infelizmente estamos sem muitas opções.
Voltando ao show, tanto Gritando quanto Grinders fizeram show razoáveis, mas nenhum realmente empolgou, pena maior pro Grinders que pelo tempo de banda e pelo tanto de história que tem deveria ter levantado mais a galera, mas acho que isso pode mudar, vamos torcer!!
Enquanto preparavam o palco pro GBH, a discotecagem torpedeava a galera com vários clássicos, vinda da coleção particular do Ariel (Invasores de Cérebros) que era o DJ convidado da noite.
Enfim palco e publico pronto e Colin e banda entram no palco e começam a agitar a galera do Inferno.
A esta altura tínhamos um ótimo publico que musica a musica ia se agitando e interagindo com a banda.
O show veio numa crescente de agito misturando musicas antigas e algumas inéditas que só ouviremos de novo no novo álbum que deverá sair em Fevereiro pelo selo norte-americano Hellcat (pra quem num conhece o selo de Tim Armstrong e Lars ambos do Rancid).


O pogo rolava solto e com muitas tentativas de ir ao palco se convertendo em rapido moshes que tiveram a ajuda dos seguranças de palco.
Aproveito pra da um aparte bem particular: Nota 10 pra organização e seguranças que mantiveram o show sem zona no palco e sem cortar o agito da platéia.
Com o povo já alucinado eles ainda tinham mais um trunfo nas mãos – uma saraivada de hits: Give Me Fire, que ao vivo é 1000x mais animal que de estúdio, Sick Boy, Womb With a View, City Babys e City Babys Revenge numa seqüência única que quase demoliu o Inferno.
Quase demoliu o Inferno e quase acabou comigo que cismei de ficar na beira do palco pra tirar boas fotos e acabei segurando roda, estava punk a lot.
Mas admito que nem eu e nem ninguém tava muito preocupado a energia do show era anestésica.
Mas com isso eles encerraram, num éramos só nós a estarmos mortos a banda, principalmente Colin(vocal) parecia detonado também.



Uns instantes de descanso e acerto do corpo e lá vinha o GBH pra terminar o que começou...Women, Generals e um som de fechamento pra lá de inusitado White Riot do Clash, foi legal mas num entendi um cover no finalzinho. Vai ver que num queria que ninguém tivesse um treco.
E foi isso, um show fantástico que me leva a concluir por mais que Tim V do Sham 69 tntasse, jamais teria feito um show com a mesma pegada, pois show sem muito publico num pega no breu nem ferrando.
Enquanto isso Colin com a casa cheia detonou e me fez pensar... Caracas Exploited vai ser FODAA!!
Vejo vcs lá....

Para ver mais fotos do show se ligue na Dynamite On Line:
http://dynamite.terra.com.br/portal/lergaleria.cfm?id=70

e no meu Fotolog:
http://www.fotolog.com.br/flavio_el_loco/40734905

Flavio El Loco

SHOW: TV Smith & SHAM 69 - Inferno Club - 26/09/2009

Show Sham 69 & TV Smith
Local: Inferno – SP
Data:26/09/2009

Caraio chegamos atrasados viemos lá do Tatuapé, Pça Silvio Romero onde rolou um show com Agrotóxico e Invasores de Cérebro e como de costume atrasou, mas beleza. Entramos enquanto o TV Smith fazia sua apresentação solo/acústica.
Opa melhor dar uma prévia do TV Smith.
TV Smith foi co-fundador (junto com Gaye Advert) do The Adverts, uma banda punk bem dos primórdios, mas pra mim The Adverts sempre foi mais MOD do que Punk, o que naquela época era uma coisa que se misturava muito, pois o punk não tinha suas característica 100% definidas e ainda tinha muita influência MOD/Rocker.
Mas isso é mais curiosidade, o que importa mesmo é que o Adverts era uma banda ótima e deixou seu legado, pra quem se interessar:

Os primeiros plays da banda são:
Crossing the Red Sea with the Adverts (1978 - Bright Records)
Cast Of Thousands (1979: RCA Records)

Retornando ao show, o palco tinha um clima bem intimista, pois TV esta solo cantando e tocando. Infelizmente as musicas eram desconhecidas pra mim e como nunca fui fan de acústico acabei só por apreciar a qualidade de musico apresentada por TV.
Após algumas canções TV chama alguns músicos locais e faz um outro tipo de show onde pinça alguns sucessos do The Adverts, que foi realmente o ponto alto da abertura.
Embora um pouco diferente dos originais de 78/79, as musicas, Gary Gilmore's Eyes e Bored Teenagers, agitaram a galera.
Mas como um bom show de abertura esse foi curto, pois a pegada da noite era ver o Sham69.
Caramba finalmente ia dar certo, depois de 2 ou 3 cancelamentos (já nem me lembro ao certo) o Sham ia tocar no Brasil e além dos cancelamentos outra coisas que me deixava mais ansioso era o fato do Sham 69 estar bem modificado.

Quando anunciaram a sua vinda, pela primeira vez , Jimmy Pursey, fundador e vocalista, ainda encabeçava a banda e a cena punk nacional ficou completamente agitada com o anuncio do show, mas ai veio o cancelamento e conseqüente frustração.
Nesse meio tempo de espera para que finalmente eles pudessem tocar aqui, Jimmy deixou o Sham, para tristeza geral da nação punk.
Em seu lugar entrou, um forte ativista do punk: Tim V (de vingança!?!?, provavelmente sim), Tim foi iniciado em 77 formando o The Stranglers. Depois disso fez muitas coisas: Teve uma outra banda new-punk-gotica, foi ativista político e escreveu um livro. Tatuou em sua mão um V, daí o nome Tim “V” inspirado no filme V de Vendetta.
Como podemos perceber Tim e um cara de muitas facetas, mas todas elas ligadas a filosofia punk.
Mas será que seria a mesma coisa do que ver Jimmy Pursey? Poxa ele foi o cara que criou o Sham e que entoou uns dos maiores hino do movimento: If The Kids Are United.
Com tudo isso pesando a ansiedade foi aumentando a cada detalhe que os roadies arrumavam no palco antes do aparecimento do Sham.
E finalmente: Tim V (vocais), Dave Parsons (fundador da banda com Jimmy) (guitarra), Ian Whitewood (bateria) e Al Campbell (ex-UK Subs)(baixo) entram no palco e para aplacar qualquer duvida que teríamos um ótimo e antológico show, a banda inicia o set com Angels of Dirty Faces.

Nada melhor que ver pra entender melhor, o cheetos mandou uns endereços do UTube com partes do show, enjoy
http://www.youtube.com/watch?v=85wsJI8oqao

Depois desse som entendi que tinha de ter outra visão, se num tem Jimmy, temos o Sham e definitivamente Tim V, veio com muita garra pra fazer esse show no Brasil e isso ficou claro nessa abertura. Então vamos deixar o Punk rolar!!
Como que realizando o meu desejo ( e de toda a agalera) a banda despejou no publico que infelizmente era bem pequeno, tudo que imaginei ouvir.
Ulster Boy, Red London, Questions & Answers, Hurry Up Harry, Tell Us The Truth, Cockney Kids Are Innocent, Hey Little Rich Boy e Borstal Breakout.
Tim que envergava uma camisa linda do time londrino do Millwall se entregou fudidamente ao show e isso num parecia muito fácil pra um cara que num é mais moleque, mas ele tirou de letra: Brincou com o publico, saudou São Paulo, falou um pouco de futebol e fez um show muito bom, claro que nas nossas mentes e corações sempre ficará a vontade de ver o Jimmy Pursey cantando If The Kids... mas este show do Sham 69 não deixou nada a desejar.
Tim V
Opa, ok ok, você deve estar perguntando... mas eles num tocaram If The Kids??
É fiquei meio inquieto também, quando agradeceram e saíram do palco, mas ainda tínhamos o bis num podia acreditar que não tocariam o que todos esperavam.
Pra mim ainda tinha outra musica esperada que num tinha aparecido, Hersham Boys. Uma das minha prediletas do Sham, mas no bis, minhas duvidas foram massacradas, além de Hersham Boys finalizaram com a tão esperada e desejada If The Kids Are United, que foi correspondida em 100% do publico cantando junto com a banda.
Isso finalizou o show de maneira grandiosa, só não foi mais grandioso pela pequena platéia.
E mesmo após alguns anos afastado da cena, percebi que no quesito publico nada mudou, todos babam pelas bandas e quando elas vem pro Brasil, pouca gente vai no show, continuo sem entender a galera.

Vamos esperar pelos próximos shows: GBH, Exploited, Dwarves e Supersuckers... Eu estarei lá.

Flavio El Loco

https://twitter.com/Flavio_El_Loco
P.S.: Além da foto acima, se quiserem acompanhar varias outras colocarei dia a dia no meu fotolog: http://www.fotolog.com.br/flavio_el_loco


SHOW: Satelite Kingston – Inferno – 24/10/2009


Mais um fds e mais uma festa-show de SKA. Ska Funk & Boss Sounds, já é uma party que esta ficando tradicional em Sampa. Mas pra mim era a primeira visita na festinha e foi ai que fiz vários erros e descobri uns probleminhas.

Erro 1 – Chegar cedo: Bem cedo é maneira de dizer, eram 10:30 hs. e por sorte encontrei o Caio Fortão na porta pra bater um papo até as coisas começarem a acontecer.
Bem com o passar do tempo a galera foi chegando e rolou a “concentração” básica no butequinho do lado. Ai foi bem legal, pois além de ir sabendo das novidades (interessantes ou não) da cena a Rua Augusta (endereço do Inferno) proporciona coisas incríveis, mas só estando por lá pra entender.
Ai nesse papo todo foi que cometi o...
Erro 2 – Não entrar logo: Quando a galera decidiu entrar, isso era mais de meia noite, descobri que tinha a porra de uma fila gigante e que andava bem vagarosamente, não me pergunte porque pois em todo o tempo que fiquei nela a te entrar num vi nada que fosse motivo pra essa lentidão, e por isso ai vai a Falha numero 1 – O inferno devia agilizar a fila, se num fosse pelo trampo das fotos e pela resenha que já tinha decido fazer, poderia ter vazado com facilidade.
Ufa, finalmente dentro do pico. A discotecagem rolava solta e estava bem legal. Tava rolando Rage Against fazendo um cover do Afrika Banbaataa – Renegades of Funk (dica do Rafael Professor) e com boa qualidade de som era um convite ao agito, mas quanto mais caia pra dentro menos percebia qualquer tipo de movimento dançante e só fui encontrar uma galerinha mínima pertinho do palco.
Achei estranhão, quando ia nessas baladas (LONG time ago) a galera agitava muito se a discotecagem era boa e foi com enorme surpresa que senti que essa new generation é bem mais cururu que a minha.
Claro que tinha o show e alguém poderia argumentar: - Ah, o pessoal tinha ido ver o show. Mas num era isso era olhar na cara do publico e ver que boa parte do povo nem da cena era e ainda num sei ao certo o que fazia ali, pois nem pareciam se divertindo, mas azar deles pois o clima estava ótimo.
Nessa minha peregrinação Inferno a dentro, que alias estava cheio, descobri a Falha 2: O Sofá, caceta, num sei que cérebro brilhante meteu um sofazão no meio do salão. Nem conseguiu criar um canto legal de ficar e acabou com a passagem porque ficou um gargalo infernal. Layout ZERO.
Ai foi pro palco o Radio Ska, eu ainda num tinha visto eles e me dediquei a sacar qual era da banda. O som era legal e bem tocado, naipe de metais bem interessante, mas as letras em português num davam a “vibe” adequada.
Alias ainda num achei uma banda nacional de Ska que tenha conseguido trabalhar bem a combinação Ska x Língua Portuguesa. Sei bem que é difícil conceber letras sonoramente agradáveis e ainda inteligentes em Português, mas já estava na hora de alguém acertar a mão em cheio.
Mas enquanto ninguém me encanta, vamos curtindo o que temos por aqui mesmo, que num ta de todo mal.
O show foi rolando e foi bem divertido, mas num sei se foi uma noite ruim, mas achei a banda meio engessada. Sabe quando tudo parece acertado e combinado e o lado natural da banda parece que foi sufocado? Bem foi isso mesmo.
E com certeza esse num é o clima do Ska que é um som malandro que exige carisma e improviso no palco. Espero que tenha sido apenas um show errado, vamos checar no próximo.
Fim da abertura e voltou a discotecagem, agora com ska e como antes só petardos que inspiravam o Let´s Dance, mas de novo o povo tava lerdo a lot.
Bem já colei no palco, para tentar boas fotos e fiquei curtindo o som que rolava, so nice!!
Ok e começa o show do Satélite Kingston, que era o que “realmente” eu queria ver. Não tinha tido tempo de pesquisar nada da banda então tudo foi uma surpresa e confesso das boas.
Eles tocam bem a lot e isso se evidencia mais pelo fato de termos um inicio mais instrumental e com quase nada vocal.
Não é um som muito dançante e sim até calmo, mas excelente.
Se percebia pitadas de vários lados... Jazz, Big Bands, Boleros e é claro nuances de Tango, afinal é uma banda portenha e num conseguiria fugir de suas raízes.


Quando eu esperava um show inteiro nessa pegada, chamam ao palco Aracely que começa a entoar uns skas em espanhol numa linha ainda bem tradicional mas agora com o agradável vocal feminino, o show se valorizou muito, pois tava imaginando algo que com o tempo se tornaria entediante para um show de pista e nesse horário, mas a entrada de Aracely colocou meus temos pra escanteio.

E assim o set foi rolando e ninguém percebia o tempo ir passando. Os músicos vez por outra queriam roubar um pouco a cena, com solos de metal ou guitarra, mas a vocal era insuperável e na verdade ela que roubou a noite.
Já com fotos suficientes, decidi ver o resto mais de trás para ter uma idéia mais completa e ai me deparei com o Erro3, que na verdade já tinha se sobressaído: Horário. Muita gente já estava na fila do caixa (enorme) esperando sua vez e conseqüentemente deixando o show de lado. E vou dizer o show que num mereceu o abandono em momento algum.
Curti os últimos sons inclusive ai com a participação vocal do Ver. Dennis, muito legal quando os amigos vão pro palco dividir com o publico a interação com a banda.
Bem, fim de show e???
E ai a triste fila me esperava, fila as 4 da matina ninguém merece. Acorda Inferno!!

P.S: Destaque final pra lojinha do Kaskata que tinha disponível muita coisa boa de Ska e claro os discos do Satélite Kingston
Aproveitei pra pegar um CD – The Aggrolites e um DVD – Jimmy Cliff (que logo vou resenhar aqui no BLOG) e fim de night.

Quem se interessar por conhecer algo da banda ai tem o Myspace deles:
http://www.myspace.com/elsatelitekingston
E se quiser comprar os CDs:
http://www.radiolarecords.com.br/
Mais fotos:
http://www.fotolog.com.br/flavio_el_loco

Flavio El Loco